É preciso agir rapidamente para reduzir a quantidade de lixo espacial
em volta da Terra, que pode contaminar algumas órbitas nas próximas
décadas, afirmaram especialistas internacionais após uma reunião
realizada nesta quinta-feira (25) na Alemanha.
Restos de foguetes, satélites antigos, ferramentas deixadas para trás
pelos astronautas são os vestígios de quase cinco mil lançamentos desde o
início da era espacial e que, sob o efeito de deslocamentos e impactos
em série (Síndrome de Kessler), não param de se multiplicar.
Atualmente, há mais de 23 mil fragmentos de lixo com mais de 10
centímetros - segundo estimativas da agência espacial americana (Nasa)
e da ESA -, a maioria em órbitas baixas (abaixo dos 2 mil km),
utilizadas por satélites de observação da Terra ou pela Estação Espacial
Internacional (ISS, na sigla em inglês).
Quanto aos objetos entre um e dez centímetros, haveria centenas de
milhares no espaço. Embora tenham aparência inofensiva, estes
fragmentos, lançados a uma velocidade média de 25.000 km/h, podem
avariar um satélite, afirmam os especialistas.
Em média, a cada ano a Estação Espacial Internacional deve fazer uma manobra para evitar uma potencial colisão. E, segundo a ESA, a cada semana uma dúzia de objetos se aproximam a menos de 2 km de um satélite.
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